Com as denúncias, ficou mais forte a campanha da oposição para tirar Dilma do poder. O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (PSDB-MG), chegou a anunciar uma ação contra a presidente e o ministro Edinho, da Secretaria de Comunicação Social, por "extorsão". O tucano se baseia na denúncia de Pessoa de que ele teria sido pressionado por Edinho, então tesoureiro da campanha à reeleição de Dilma em 2014, a fazer doações ao PT. "Há ali, explicitado por ele (Ricardo Pessoa), uma clara chantagem", argumentou Aécio.
Na visita oficial, porém, pode-se dizer que Dilma Rousseff lavou a alma: virou a página de uma relação abalada há dois anos – a presidente havia cancelado a última visita, que seria realizada no fim de 2013, em decorrência do escândalo das espionagens norte-americanas –, firmou(AQUI) acordos nas áreas ambiental e comercial, se encontrou com empresários e investidores, com quem discursou em defesa da economia brasileira, e recebeu, de quebra, um apoio público e contundente do presidente Barack Obama.
"Confio nela completamente. Ela cumpriu o que prometeu", disse Obama na terça-feira, durante anúncio conjunto dos dois governantes, ao responder a jornalistas se a confiança do governo norte-americano havia sido abalada diante da crise no Brasil. Ele se referia a acordos de cooperação em defesa anunciados pelo governo brasileiro, e que eram de interesse dos EUA. Obama ainda elogiou Dilma: segundo ele, o fato de ela ter conseguido que fossem aprovados no Congresso "é um bom indicativo de que ela é uma parceira confiável".
O discurso otimista em relação ao Brasil não parou por aí. Foi de grande repercussão nas redes sociais e diversos sites a resposta de Obama à pergunta da jornalista Sandra Coutinho, da Globonews, que afirmou – não perguntou – que os Estados Unidos viam o Brasil como um líder regional. O presidente norte-americano negou, ressaltando que o país governado por ele enxerga o Brasil como um líder global. Pouco depois, diante de uma pergunta sobre a Operação Lava Jato, Barack Obama disse que não iria se manifestar sobre um assunto que aguarda decisão judicial.
Com tantos bons frutos, a visita oficial de Dilma aos Estados Unidos deverá dar forças à presidente para que enfrente a próxima rodada de petardos contra seu governo.
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