quinta-feira, 2 de julho de 2015

Fora Sérgio Moro,

                      o juiz midiático

Izaías Almada
moro-vai
O festival do circo de horrores da oposição brasileira via mídia safada e antinacional, continua a sua programação e para isso vale qualquer coisa, desde discussão sobre cura gay no Congresso, a palhaçada do ‘habeas corpus’ do ex-presidente Lula, as ameaças de grupos fascistas aqui e ali, os inimagináveis discursos oposicionistas em que o sofrível uso da língua pátria não consegue esconder o vazio das idéias.
O ex-presidente Lula afirmou um dia que o Congresso Nacional abrigava trezentos picaretas. Nesse quesito, houve uma significativa mudança de qualidade: creio que já possível dizer que agora são 300 mentecaptos. Fato que demonstra com clareza o perfil alienado e insensível de um povo que de tanto sofrer e ser enganado (e não será apenas a casa própria e o combate à fome que mudarão essa realidade) já vota por votar, pois sequer sabe o significado de ter um representante no Congresso. Desconhecemos a Constituição e não sabemos verdadeiramente sobre nossos direitos, embora os deveres sejam cobrados a todo instante em todas as instâncias republicanas.
Essa operação Lava a Jato da PF, por exemplo, já encheu o saco. Vamos falar o português claro. Montada com objetivos políticos, pois um de seus “delatores”, o tal de Youssef, já ajudou o juizão Moro a melar outras investigações e inquéritos. E, a rigor invalida, segundo alguns juristas, o atual show de “moralização do Brasil”.
Você vê as manchetes dos jornais e lá está, Lava a Jato. Revistas de final de semana, Lava a Jato. Telejornais, Lava a Jato, Blogues (sujos e limpos, adjetivos com sinais trocados), Lava a Jato. Comentaristas de rádio, Lava a Jato. A troco do quê? O Brasil tem o direito de saber. A evidência é apenas uma: aniquilar o Partido dos Trabalhadores, enfraquecer o governo Dilma e tirar Lula do caminho em 2018.
Não, não… Estamos combatendo a corrupção, dizem os cínicos e os incautos. VERDADE?! Que maravilha. Quer dizer que nesse ritmo até o próximo natal não haverá mais corrupção no Brasil? Que maravilha! Vão investigar a Rede Globo? A Editora Abril? A lista do HSBC? Furnas, Trensalão, a Privataria Tucana? O primo do Richa? O Ricardo Teixeira? O Eduardo Cunha? Ou é só o costumeiro joguinho de cena quando se trata de incriminar a esquerda?
Existem juízes, quer de futebol ou de Direito que, tão logo são descobertos pela mídia, passam a se considerar estrelas de primeira grandeza e agem sem dar satisfações a quem quer que seja. Os mais velhos devem estar lembrados do Armando Marques, juiz de futebol. Adorava expulsar o Pelé para chamar a atenção sobre si. E mais recentemente um que andou comprando um apartamento em Miami e depois se escafedeu antes de completar seu tempo como juiz.
E agora tem esse aí do Paraná que, com o exemplo do látego negro, encheu-se de brios. Adotou a filosofia do “prendo e arrebento” dos tempos da ditadura. E se ele acredita no que está fazendo, a hipocrisia, a desgraça, é pior ainda. Dele e dos que saíram às ruas pedindo a volta dos militares. Coitadinhos: além de fazerem o serviço sujo, qualquer dia são todos jogados na lata de lixo do ostracismo. A Casa Grande usa e joga fora. Foi sempre assim, desde as capitanias hereditárias, passando pela mais abjeta escravidão.
O brasileiro de classe média, esse que odeia pobre e não consegue ser rico, adora ser enganado, adora ser uma “Maria vai com as outras”. Acredita no que lê nos jornais e revistas, vê na televisão e sai repetindo feito papagaio o que é repercutido pelo jornalismo mais safado que se fez no Brasil até os dias de hoje.
Não sei se o amigo leitor paulistano anda percebendo um cheirinho desagradável pela cidade, aquele cheirinho de esgoto que a Sabesp há 20 anos sob a mesma administração já deveria ter dado um jeito. Agora, o cheirinho não é só do esgoto, mas vem também das bancas de jornais, particularmente nos finais de semana. A provocação é tanta que começa a cansar.
A oposição e os vendilhões da pátria vão acabar, na sua obsessão de impedir a candidatura de Lula em 2018, dando com os burros n’água. Já não dizem coisa com coisa. Qualquer bobagem se transforma em pretexto para criticar o governo da presidente Dilma Rousseff. Jornais, revistas e televisão inventam, mentem, distorcem, num festival de desrespeito às leis, à ética jornalística e aos elementares princípios da convivência democrática.
Essa fúria contra o governo e contra o Partido dos Trabalhadores, que tem levado grupos a ameaçarem a integridade física dos ex-ministros Guido Mantega e Alexandre Padilha, dos humoristas Jô Soares e Duvivier, do escritor Fernando Morais, da deputada Maria do Rosário, que tem instigado ao apelo pela volta dos militares ao poder, pode ver o tiro sair pela culatra. A História, aliás, está cheia de exemplos. Esquecem-se esses desesperados da direita mais fascistoide que as nossas Forças Armadas já estiveram na Itália lutando justamente contra o nazifascismo e que seus integrantes hoje, pela voz do comandante em chefe do Exército já declarou que são constitucionalistas.
O mês de julho começa com nuvens sombrias, sobretudo sobre a ágora ateniense, mas a natureza tem suas próprias regras, mesmo quando o homem tenta modificá-las pela força. Nuvens sombrias se dissipam e dão lugar ao bom tempo. Às vezes, como as chuvas, são necessárias para fertilizar e solo de onde brotam, novos frutos, novas ideias. O fascismo é uma excrescência histórica.

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