terça-feira, 13 de janeiro de 2015


Petrobras: recorde de 


petróleo no mês, no 


ano, na História.


E está “quebrada”?


Fernando Brito                      
petroleo2014
Saíram  os números consolidados da produção de petróleo e gás natural da Petrobras.
Com todos os problemas que a empresa enfrenta, foram sensacionais.
A empresa chegou à marca de média de 2, 863 milhões de barris de óleo equivalente por dia ( na soma de petróleo e gás), melhor resultado já alcançado na história da empresa.
Só de óleo líquido (excluído o gás), foram 2,212 milhões de barris por dia.
Também um recorde histórico.
Idem no pré-sal, que chegou à média de 666 mil barris diários de petróleo e superou os 23 milhões de metros cúbicos de gás, gerando um total de quase 800 mil barris de óleo equivalente totais.
De ponta a ponta do ano, foram mais de 300 mil barris acrescentados à produção nacional.
Estimando que a produção dos campos operados por empresas privadas fique – como tem sido – de cerca de 9% do que produz a Petrobras, a produção de petróleo no Brasil ultrapassou os 3 milhões de barris diários, contra 2,62 milhões em dezembro de 2013.
O que talvez já coloque o Brasil entre os dez maiores produtores de petróleo do mundo, logo atrás do Iraque e do Kuwait e à frente do México.
E ainda não há, nestes totais, uma gota de óleo dos megacampos de Búzios (novo nome de Franco) e de Libra, que vão nos colocar entre os seis maiores produtores de petróleo do planeta, com produção superior a 4 milhões de barris diários.
Este é o tamanho do negócio que querem que o Brasil entregue.
Cada vez mais, vocês vão ler que, com a queda dos preços internacionais do petróleo, não compensa produzir no pré-sal, porque o preço de importar é o mesmo, ou quase o mesmo, de extrair.
Ainda que fosse assim, compensaria, é claro, porque deixaríamos de gastar lá fora para gastar aqui.
Mas não é assim.
Os preços caíram quase ao nível dos meses da crise mundial de 2008/2009, é verdade, pouco mais de 40 dólares por barril.
Mas também é verdade que, dois anos depois daquele desastre mundial, tinham voltado a marcas recordes, acima de 110 dólares por barril.
É assim que querem que o Brasil, como diz o povão, “entregue a rapadura”.
Têm quatro anos para tentar de novo.

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