Os atiradores
de elite estão
a postos

Lula Miranda
Apesar de poucos se aperceberem, a direita brasileira vem se dedicando, com impressionante denodo, ao exercício do tiro ao alvo.
Tal e qual autênticos atiradores de elite, acomodam-se, de modo confortável, ao terreno, apoiam o rifle no ombro, firmam a mira, prendem a respiração, esquadrinham o alvo, apertam o gatilho e PUM! Está lá o corpo (ou a reputação) estendido no chão.
A direita brasileira, animada pelo afinado coro dos contentes da torcida dos conservadores, derrubou, um a um, os grandes carreadores de voto e estrategistas do Partido dos Trabalhadores. Transformando-os, de modo um tanto folclórico, em “criminosos” ou “bandidos”. Conseguiram com isso desgastar o partido no seio da classe média conservadora (de)formadora de opinião.
Mas o principal alvo desses atiradores, todos sabem, é, de fato, o ex-presidente Lula – e agora, por consequência e herança direta, a presidente Dilma.
Os “snipers” já estudaram, com impressionante frieza e cálculo, todo o ambiente, todos os possíveis cenários e caminhos de seus alvos, para melhor calibrar a trajetória de seus projéteis.
Por exemplo, só para citar um último episódio – mas que certamente não será o último –, recentemente os atiradores foram alertados pelos seus “comandantes em chefe” de que a comunicação e a propaganda política da campanha da presidente Dilma seriam hoje os últimos e grandes trunfos que poderão ainda lhe assegurar a vitória nas eleições – seja pelo tempo, que lhe é amplamente favorável/majotitário, seja pelo reconhecido talento de seus executores. Pronto, foi o que bastou: os “snipers” já se animaram e apressaram-se, por intermédio das páginas dos “jornalões” amigos, a tentar criar uma cizânia entre os grupos de Franklin Martins e João Santana, enfraquece-los, quiçá derrubá-los.
E é exatamente essa pequena margem de movimentação, para além da marca do alvo, que se deseja estático na alça da mira, o que ainda resta ao governo Dilma e a seu partido, e que lhes poderá propiciar a chance de escapar do abatimento pelo tiro certeiro, final.
É exatamente essa pequena “janela” que ainda impossibilita o enquadramento para o tiro mortal, tão aguardado e desejado pelos conservadores que, como já dito em alto e bom som, não veem a hora de “acabar com essa raça”.
Mas algumas insistem mesmo é em atirar com as balas forjadas com o aço e o veneno da infâmia e do mau-caratismo.
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