terça-feira, 12 de agosto de 2014

A  maravilhosa  semântica


midiática do PiG: Dilma


'aumenta', Aécio 'realinha'



Fernando Brito
loucanias
A misteriosa e divertida “Madrasta (AQUI) do Texto Ruim“, que andou às voltas, estes dias, com o texto  da Folha que dizia que “a projeção de alta da inflação caiu”, no que ela descreve como um malabarismo para transformar o bom em mau, desde que critique o Governo Dilma, bem que podia analisar a pérola de O Globo desta terça-12 com a entrevista de Aécio Neves ao Jornal Nacional, nessa segunda-11.
Ele não vai aumentar os preços da gasolina e da eletricidade, vai realinhar.
Imagine duas senhoras no mercado:
-Você viu o preço do tomate, Ana Maria?
-Vi, tá pela hora da morte, realinhou muito. 
Já quando são aqueles “miseráveis” do governo, aí é aumento mesmo, como você lê no título da Veja, lá em cima.
O coleguinha que se prestou a este título deveria saber, se é que não sabe, que se alinha – ou realinha – algo com outra coisa.
Com o que Aécio vai (re)alinhar o preço da energia?Com os contratos, como está sendo feito? Ou com as expectativas de lucro das geradoras e distribuidoras?
E para (re)alinhar, eles vão subir ou descer?
É óbvio que se está falando de aumento de preços, mas quando é o queridinho da casa dos Marinho, prefere-se o eufemismo do “realinhar”.
Se for a Dilma, é aumento mesmo, quando não “tarifaço”.

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