Histeria eleitoral:
o vale-tudo contra
Dilma, Lula e o PT
Do AMgóes - Integro, faz tempo, o coletivo nacional de 'blogueiros progressistas', que emite e reproduz opiniões do espectro político à esquerda, em contraponto ao neonazifascismo da autodeclarada 'grande mídia' brasileira.
Por conta de compartilhar o blog 'AMGóes' em diversas redes sociais, contabilizando em pouco mais de um ano por volta de 100 mil acessos no Brasil e exterior, tenho registrado contraditórios os mais esdrúxulos no Facebook, em que dou asas à salutar interação, malgrado, nos últimos tempos, o clima inerente ao acirramento do processo eleitoral em curso.
Mas vamos ao que interessa. Aos 'dinossáuricos', 'remember' Jânio Quadros que, simbolizado pela vassoura, prometia varrer, desde os idos de prefeito de São Paulo à presidência da República, os 'entulhos da corrupção' do governo JK. Eleito sob o falacioso discurso 'moralizador' da direita, explicitou desapego às instituições democráticas e sucumbiu às 'forças ocultas'(jamais explicadas) de sua paranoia autoritária. Ao renunciar em 25 de agosto de 1961, a menos de 7 meses de sua posse, Jãnio confiava em voltar, horas depois, sob o clamor popular que o sufragara esmagadoramente nas urnas(seu principal adversário fora o general Lott, um militar nacionalista sem, contudo, 'cacoete político'). Só que sem Congresso para o contraditar. Já era.
Acompanhei em Maceió, na segunda metade dos anos 1980, a construção da conversa fiada do tal 'caçador de marajás', no advento do primeiro pleito presidencial por via direta, após o perverso ciclo de duas décadas dos militares. Governador do inexpressivo estado de Alagoas(de minhas origens, onde militei nos movimentos sindical e popular), Collor teve a arquitetura de sua imagem presidencial contra a corrupção formatada nos bastidores da rede Globo, sob as bênçãos de Roberto Marinho.
A encarnação do neojusticeiro foi, na realidade, a resposta do poder midiático da direita, centralizado na 'vênus platinada' do Jardim Botânico, diante do iminente 'perigo comunizante' de outro jovem candidato, Luís Inácio Lula da Silva, do 'explosivo' Partido dos Trabalhadores. lembra-se da farsa do 2º debate editado na Globo para beneficiar Collor? Afinal, Sabe-se em que tudo deu...
Ultrapassados os mandatos neoliberais de FHC, sob a roubalheira da privataria tucana, que 'entregou', a preço vil, setores exponenciais do patrimônio público brasileiro, o PT logrou implementar, em três inusitados mandatos consecutivos com Lula e Dilma, vasto projeto de inserção socioeconômica, cujos reflexos nos conduziram ao bloco de comando da nova ordem planetária ora ireversível, em resposta ao falido dualismo EUA-Comunidade Europeia advindo de quase dois séculos e meio atrás.
Sem discurso e emparedada pelo Brasil de uma nova classe social emergente, face a consistentes políticas públicas, bem assim à dinâmica que impulsionou nossa infraestrutura, a elite conservadora acaba de dar um 'chega pra lá ao seu(antes) preferido Aécio Neves e, por conta do imponderável das controvérsias sobre o acidente que vitimou Eduardo Campos, vem de entronizar, com todos os patrocínios possíveis e imagináveis, a autodeclarada 'ungida dos Céus' Marina Silva que, do alto de singular autoritarismo messiânico, promete disseminar entre nós uma 'nova política'. Só que com todos os manjadíssimos retrocessos destinados a fazer a festa dos vilões de sempre.
A par dessa neocandidatura 'iluminada', de propósitos 'sonháticos' mal explicados, com promessa de governar com 'os bons' e só com eles(entre os quais a inefável banqueira dos pobres, Neca Setúbal, do Itaú), Marina Silva, uma ex-petista dos seringais acrianos, tem aval do megaespeculador George Soros e da Coroa Britânica, além de uma rede de organizações ditas 'ambientais' que, através do Greenpeace, monitoram, detalhe por detalhe, os mais remotos pontos de riquezas minerais do planeta. Em nome, claro, do grande capital transnacional. Por sinal, Marina já foi premiada por tais instituições. Não foi à toa que desfilou, única personalidade brasileira, na abertura das Olimpíadas de Londres, sob os auspícios do agradecido Reino Unido que continua há séculos explorando o mundo.
Só com um detalhe: na análise da atual conjuntura brasileira, Marina não se sustenta em debate minimamente acurado sobre nossa realidade, salvo as frases feitas sobre 'sustentabilidade', repetidas à exaustão para sensibilizar a plateia das despolitizada das 'mudanças', em que ela própria, dados seus canhestros compromissos, com certeza não acredita.
Marina é um 'blefe messiânico', a exemplo de Jânio e Collor.
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