Toda a imprensa sabia que essa última terça(2) era o último dia para a segunda prestação de contas da campanha: a presidencial, inclusive.
Todas as matérias apontavam a existência de laranjas em meio à operação de compra. E mencionavam um ponto chave para saber-se a verdade: como o PSB apresentaria à Justiça a situação do avião que provocou a queda de Eduardo Campos e a ascensão de Marina Silva.
Nenhum jornal, porém, à exceção de O Globo, publicou uma linha sobre as contas apresentadas anteontem.
E, mesmo esse, o faz com uma (AQUI) indigência que soma o despreparo do repórter à falta de apetite jornalistico de seu editor.
“O partido incluiu na prestação (de contas) o avião que conduzia Campos a Guarujá, quando ocorreu a tragédia.”
Sim, muito bem. Incluiu. Como o que? Empréstimo? Doação? Cessão? Presentinho?
No segundo parágrafo, depois do “incluiu” a repórter escreveu que ¨nesta parcial, será declarado apenas o avião, mas a quantidade de voos e os custos serão lançados apenas na prestação final”.
O texto não consegue explicar se trata do passado – “incluiu” – ou do futuro com o “será declarado”.
E mais não disse nem foi perguntado.
Então, ficamos assim. O avião foi declarado, não importa como o que. Não importa quem deu,cedeu ou vendeu, não importa coisa alguma.
Afinal, o avião serviu a Marina, grande esperança da mídia, então está tudo bem.
Viva o jornalismo brasileiro!
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