A divulgação, nesta quarta-3, duas horas depois do Ibope, da pesquisa Datafolha, disse mais do que os números, eventualmente, possam mostrar.
Nunca vi uma empresa de comunicação, fora da “boca de urna”, contratar duas pesquisas como fez a Globo, para serem divulgadas no mesmo dia.
É o “mundo mágico” das pesquisas brasileiras, com dois institutos – Ibope e Datafolha – e um contratante, a Globo.
É provável que a “dose dupla” de pesquisas hoje se destinasse a mostrar algo que era esperado por muitos analistas, da oposição e até do governo: Marina dois ou três pontos à frente de Dilma no primeiro turno.
Mas deu xabu.
No Ibope, Dilma cresce e Marina reduz muito a velocidade de crescimento.
No Datafolha, que tem um dia mais recente na apuração, Marina não apenas para de subir enquanto Dilma, ainda que dentro da margem de erro, sobe.
Marina, como disse no post anterior, começa a fazer sua curva.
Cedo para dizer se é um movimento abrupto de descida o que vem por aí.
Mas há sinais, sobretudo pela sectarização da imagem da candidata do PSB.
Em ambas as pesquisas, a vantagem de Marina sobre Dilma num suposto segundo turno, aperta-se a sete pontos, bem menos que há uma semana.
A coisa, como diz aquele locutor esportivo, já esteve melhor para Marina Silva.
Repito o que disse no outro post: se a direita convencer-se que Marina não será o seu “cavalo” nesta disputa presidencial, poderá “sacrificá-la” antes da hora.
E juntar os cacos do PSDB.
Não tenho dúvidas de que é isso que, a essa altura, fala-se nos telefones 'vips' que ligam nossas redações ao alto comando do tucanato.
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