Salvo a manipulação pró-opositores, Dilma
já chega aos 45% (ou mais)
Do AMgóes - A pesquisa eleitoral IBOPE dessa última terça(16), a
exemplo das demais(Vox Populi, subestimada, à parte), inclusive do Datafolha, para ficarmos nos institutos
tradicionais, não teve dados definidores reverberados pela mídia conservadora, usualmente
acompanhada pela maioria da população.
Face à retomada da liderança da presidenta dias atrás, com Marina
recuando e Aécio descendo a ladeira, os novos números de intenção de votos
contabilizados pelo Ibope foram anunciados em novo diapasão, relativamente aos
números da semana anterior.
Dilma(36%) cai 3 pontos percentuais e Marina(30%), apenas 1
abaixo, ambas dentro da margem de erro; Aécio(19%), alavancado em 4 pontos e (surpresa!) resgatado do clima de lamúrias e ranger de
dentes, oxigenando o poluído e precocemente degradado ninho tucano.
De caso pensado, em notório processo de calhorda manipulação dos dados, tevês e rádios
têm repetido à exaustão que Dilma, embora à frente, no primeiro turno, sofreu queda; Marina estacionou; e Aécio( o queridinho original) está em recuperação, preocupando a adversária imediata, do PSB.
Trata-se, Dilma à parte(dura de matar), da sutil
desconstrução de Marina, por conta de suas vexatórias contradições programáticas(e
‘sonháticas’), que a mídia escancarou visando a desqualificá-la no esforço de
estertores pela salvação do neto de Tancredo.
Ocorre que há um detalhe
‘esquecido’(ou propositadamente 'deletado'), cuja análise enseja um quadro além
da falácia trombeteada como nova perpectiva eleitoral. Trata-se da avaliação do
‘governo Dilma’, cujos percentuais só
dizem respeito à candidata do PT:
-37% dos entrevistados do Ibope consideram o atual governo entre ‘bom’ e ‘ótimo’, contingente
formado por seus incondicionais eleitores; 28% o espinafram sem dó, tendo-o por ‘ruim’
e péssimo’; 33% consideram-no ‘regular’,
nem oito nem oitenta.
Consideremos que, minimamente, ¼(8%) dos 33 por cento se
decida pela presidenta, 2/4 pelos outros dois
principais postulantes e ¼ restante para
o conjunto dos ‘nanicos’.
Dilma chegaria às urnas de 5 de outubro, na pior das
hipóteses, com 45% (ou mais), não descartada, em avaliação obviamente otimista,
a possibilidade de atingir, na arrancada final da campanha, 50% mais ‘um
voto’, definindo o pleito presidencial no primeiro turno.
Convenhamos: seria
um disparate imaginar que, pelo menos, 8% dos avaliadores do governo na
pesquisa(Ibope) como ’regular’ não votariam na presidenta, pulverizando sua preferência entre os demais candidatos. A tendência da maioria desse contingente, embora
não se refira ao atual Executivo como ‘uma brastemp’, é tê-lo como 'suficiente para o gasto'.
Entretanto, como ninguém ganha(ou perde) o jogo na véspera, ficamos no
exercício das probabilidades que, apesar de tendentes a beneficiar ou
prejudicar esse ou aquele aspirante aos cargos eletivos, não passam, rigorosamente, de meras conjecturas, conquanto cerquemos esta análise de 'tecnicidades', com todas as premissas 'lógicas' que lhe imputemos.
A realidade será formulada, à vera, no ‘plim’ decisório que
você ouvirá ao acionar a tecla verde da urna eletrônica em sua sessão
eleitoral. Todavia, que o conjunto dos votantes de Dilma é outro, a esta altura do campeonato, concretamente diverso dos ibopes e datafolhas da vida, não tenha dúvida disso. A ver.
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