segunda-feira, 8 de setembro de 2014


O  'naftalínico'  Clube  Militar 
o desarmamento  unilateral do Brasil

Beto Almeida                                

Reprodução
Na foto da primeira página do Correio Braziliense desta segunda-feira(8), há uma metralhadora sobre um tanque, na Parada Militar, apontada diretamente para a cabeça de Dilma Roussef.  Certamente, uma exigência da direita midiática, expressando -quem sabe? - um desejo de destruir  ideias, consciência e politicas. Desejo não realizado quando  a presidenta esteve no Pau-de-Arara.
Similar a este desejo demolidor da Era Lula-Dilma é a nota oficial do Clube Militar apoiando Marina Silva. A agora candidata verde-oliva tem no seu programa diretrizes visando à desativação da exploração petroleira pré-sal, e para o Programa Nuclear brasileiro, ambas, como se sabe, exigências 'imperiais'(dos EUA e União Europeia), que aqui aparecem disfarçadas de ambientalismo.
Para ter verdadeira soberania sobre o petróleo e a Amazônia, o Brasil precisa continuar desenvolvendo seu Programa Nuclear (incluindo o submarino nuclear), o Programa Espacial (que acaba de lançar com sucesso foguete movido a etanol) e , obviamente, a exploração do Pré-Sal, sem falar, evidentemente, de seguir a recuperação da indústria naval. Nos últimos 12 anos, está sendo implementada cooperação militar com a Rússia ( desfilaram na Esplanada, em Brasília, carros de combates russos de última geração), e também com o exército do Vientã, para técnicas em guerra de selva, por razões óbvias.
Diretrizes programáticas de Marina colocam em risco tudo isto. O império sempre sabotou o desenvolvimento tecnológico brasileiro. Quer impedir que o Brasil entre no fechado clube das potências espaciais. Até  sequestrou turbinas atômicas brasileiras na Era Vargas. Certamente, deseja romper todos os acordos de cooperação militar e tecnológica entre Brasil, Rússia, China,Vietnã, Índia, Unasul. A meta é o desarmamento unilateral brasileiro. Por isso, a candidata verde-oliva tem apoio do Clube Militar.
Em defesa da Nação Ameaçada
Desde a implantação da nova Estratégia de Defesa Nacional, na Era Lula, o fortalecimento de posições militares, incluindo expansão indispensável dos recursos orçamentários para a defesa, encontra-se em curso de consolidação. Prova disso, o apoio orçamentário ao programa do submarino nuclear, a continuidade dada ao Programa Nuclear, sempre alvo de oposição imperial. Destaque para o crescimento orçamentário ao Programa Espacial, em particular para a área de satélite, lembrando que Venezuela, Bolívia Argentina, Equador e Iran, também já realizaram o lançamento de seus satélites próprios. Num país com as riquezas brasileiras, e que sua própria presidenta grampeada pela Agência Nacional de Segurança dos EUA, todos estes procedimentos adotados nos últimos anos são indispensáveis.
Os moderníssimos helicópteros de fabricação russa, comprados pelo Brasil, e  que hoje guardam a soberania da Amazônia Brasileira, são o resultado de uma política independente que, ante a permanente cobiça pela internacionalização da região, deixam claro que a nota do Clube Militar, apoiando uma candidata vinculada ao ambientalismo financista imperial, serve , didaticamente, também para revelar quem, seja civil seja militar, está realmente empenhado na verdadeira independência brasileira.
Certamente, os signatários desta nota, que, em 64, colocaram o Brasil de joelhos ante o imperialismo norte-americana e a ele obedeceram, estão revelando para toda a sociedade que seu “nacionalismo” tem forte dose de entreguismo e de  rendição frente as ameaças internacionais que , como o ambientalismo, querem a paralisação produtiva do Brasil e seu desarmamento unilateral.

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