AMGóes
quinta-feira, 23 de julho de 2015
(Janio de Freitas, na Folha/SP)
Os abusos exibicionistas da Polícia Federal
MODOS DE POLÍCIA - Na companhia dos primeiros condenados a usufruir do prêmio por sua delação, dois dos suspeitos da Lava Jato foram inocentados pelo juiz Sergio Moro. Márcio Andrade Bonilho, dirigente da empresa Sanko Sider, fora colhido no roldão, sem ser notado. Adarico Negromonte Filho poderia tornar-se notado por ser irmão de um ex-ministro das Cidades, Mário Negromonte. Mas recebeu destaque por juntar àquela condição a de ser dado como fugitivo, porque não encontrado pelo arrastão da Polícia Federal. Preferiu ter ideia do que se passava, não teve, e dias depois se apresentou à polícia.
A conduta da Polícia Federal na Lava Jato foi o pretexto para a convocação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, pela CPI da Petrobras, na Câmara. O deputado Eduardo Cunha, seus seguidores e o senador Renan Calheiros têm acusado a polícia, como parte da Lava Jato, de criar suspeições com objetivo político, por ordem do governo. Cunha e Renan foram citados no primeiro semestre do ano passado, no início da operação. Àquela altura não haveria motivo para o governo complicar a vida do deputado ainda discreto. E o senador era aliado de razoável comportamento com a candidata do PT à reeleição.
Um argumento óbvio foi suficiente para o ministro liquidar a questão central: ao ministro da Justiça não cabe interferir na autonomia das investigações da Polícia Federal, competindo-lhe agir apenas em caso de anormalidade. Foi o que fez o então ministro Márcio Thomaz Bastos, ao qual se deve que a Polícia Federal deixasse de ser discriminatória, e se iniciassem no Brasil as investigações dos grandes sonegadores, contrabandistas do luxo e praticantes de fraudes. Mas o mesmo Thomaz Bastos teve, de repente, de interferir: na euforia da sua nova ação, a Polícia Federal passara a adotar arbitrariedades, abusos de poder e de exibicionismo.
O que Márcio Thomaz Bastos fez é o que José Eduardo Cardozo está por fazer. A prisão de Adarico Negromonte Filho, ao se apresentar, proporcionou uma das imagens do inaceitável: algemado (por quê?) e cercado de policiais federais nos seus sinistros uniformes pretos, de duvidosa legalidade, Adarico é forçado a apressar o passo pela mão de um policial apertada em sua nuca como garra, forçando-o ainda a encurvar-se, cabeça humilhantemente abaixada. A cena ilustrou o noticiário da Lava Jato nas tevês e nos jornais.
Nem que o seu preso fosse culpado, a Polícia Federal poderia justificar seu modo de agir. Mas, além disso, Adarico Negromonte Filho, preso apenas por quatro dias, é declarado inocente pelo juiz Sergio Moro. Embora, para ser assim declarado, precisasse esperar por oito meses.
Alternativa de imagem simbólica, ainda mais exibida e repetida até hoje, Marcelo Odebrecht é levado preso por policiais federais, em sua imitação sinistra de série de TV, cobertos de coldres e bolsas de armas e granadas, munições... e fuzil. Em diagonal no peito, dedo sobre o gatilho. É uma configuração completa da violência gratuita, absurda, prepotente. A conduta sóbria do policial de feições orientais, o mais presente e sempre contido nas prisões da Lava Jato, não atenua a situação. Até a agrava, pelo contraste.
A criminalidade violenta exige das polícias, inclusive por sobrevivência, condições e disposições de ação ditadas pelos que se põem como inimigos armados e violentos. Não é o caso, no entanto, das prisões da Lava Jato e das numerosas operações contra corruptos, sonegadores e suspeitos equivalentes.
O exibicionismo policial não é só violento em si mesmo. Como sintoma, exprime e irradia abusos de poder. Um exemplo grave está documentado em representação agora feita pela OAB: a Polícia Federal impediu a advogada Dora Cavalcanti de acompanhar a inquirição de um cliente, direito de defesa assegurado pela própria Constituição.
A perda de interesse da imprensa por notícias tem omitido do público a quantidade e a importância das operações praticadas pela Polícia Federal a cada dia, no país quase todo. É um trabalho feito com competência crescente. Mas os abusos que aí se incluam passam de ação policial a outras coisas. E José Eduardo Cardozo diz que anormalidades são caso de providências ministeriais.
quarta-feira, 22 de julho de 2015
(Stanley Burburinho)
Quem colocou as
tarjas pretas
no documento da PF?
Quem colocou as tarjas pretas no documento da Polícia Federal, sobre os e-mails do Marcelo Odebrecht, publicado pelo Estadão: um jornalista do Estadão ou alguém da Polícia Federal? Posso estar enganado. Veja abaixo:
Fiz download do arquivo “.pdf “ pulicado pelo jornal Estadão com o relatório da Polícia Federal sobre os e-mails de Marcelo Odebrecht. Para acessar o documento publicado pelo Estadão, use este link: http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/wp-content/uploads/sites/41/2015/07/relatoriotelefonemarceloodebrechtok1.pdf
Abri o arquivo com o Adobe Reader e cliquei com o botão direito do mouse sobre o arquivo “.pdf” e cliquei no item “Propriedades do documento” que é o último item da janela que aparece e depois cliquei na aba “Descrição”. Surgiu a janela com a imagem abaixo. (Você não conseguirá fazer isso sem fazer download do “.pdf” publicado pelo Estadão. Dentro do Chrome ou qualquer outro browser você não conseguirá ter acesso às propriedades do documento. Acho que não previram isso como também esqueceram de inibir a opção “Salvar como” que permite fazer o download.)
Reparei que alguém no Estadão, no dia 20/07/2015, às 23h15m, converteu o documento original enviado por alguém da Polícia Federal para o formato “.pdf” usando o software PDFCreator Version 1.3.2. (ver a marcação na cor verde). Pode ser também que alguém na PF fez a conversão. Mas devido a hora em que a conversão foi feita, acho difícil. Será fácil de saber.
Reparei que o autor do “.pdf” é alguém que usa o login “mc110215” (ver a marcação na cor vermelha) que é colocado automaticamente pelo software que faz a conversão para o formato “.pdf”.
Posso estar enganado, mas “mc110215” pode ser Mateus Coutinho, um dos jornalistas do Estadão que assinou a matéria que publicou o documento da PF:
No documento existem vários trechos com tarjas de diversas cores, que vazam o texto embaixo, somente para realçar algum ponto, mas nenhuma com a cor preta opaca com o objetivo de esconder. Se você der um “copy” no parágrafo que têm as tarjas pretas e em seguida der um “paste” em qualquer editor de texto, tipo Notepad, o texto embaixo das tarjas pretas aparecerão.
O número “110215” do login “mc110215” pode ser, não estou afirmando, o número de matrícula de funcionário do Estadão? O juiz Moro disse hoje na imprensa que pediu que esclarecessem o motivo das tarjas pretas. Veja abaixo:
“PF terá que explicar por que blindou Serra no Código Odebrecht” -http://www.brasil247.com/pt/247/parana247/189860/PF-ter%C3%A1-que-explicar-por-que-blindou-Serra-no-C%C3%B3digo-Odebrecht.htm
Alguém da PF terá que aparecer para dizer se colocou ou não as tarjas pretas o que pode revelar quem da PF vaza para a velha mídia. Desconfio que algum jornalista do Estadão assumirá para não comprometer a sua fonte na PF.
Curiosidade: as páginas 23, 24 e 25 estão em branco no documento publicado pelo Estadão. Mas se você copiar e colar em qualquer editor de texto verá a troca de e-mails com os bastidores de uma entrevista que alguns grandes empresários dariam ou deram para a Folha durante a eleição passada.
terça-feira, 21 de julho de 2015
As
cinco maiores mentiras do
Globo contra Lula em 2015
De Sardenberg a Merval, os truques do jornal para armar contra o ex-presidente...
As cinco piores mentiras do Globo contra Lula em 2015
Como ainda tem gente que leva de boa fé as informações publicadas pelo jornal O Globo sobre Lula, recapitulamos aqui as cinco maiores armações do jornal contra o ex-presidente só no ano de 2015. Lembrando que ainda estamos em julho. E que a coluna do Merval Pereira é considerada hours concours. Entre os truques do jornal estão inventar declarações, ignorar explicações e tratar, anos depois, como secretos e escandalosos eventos públicos de que o próprio jornal noticiou.
5º lugar – Lula seria culpado pela crise na Grécia
O colunista do O Globo (e também do Estado de S. Paulo, G1, TV Globo, CBN, Globonews) Carlos Sardenberg criou a tese original de que a culpa da crise na Grécia é de Lula e Dilma, por causa de reuniões do atual primeiro-ministro Aléxis Tsipras quando era candidato. A crise grega já tem 7 anos. Diante do fato dos Prêmios Nobel de Economia Paul Krugman e Joseph Stiglitz terem visões diferentes da que ele explicitava(em sua 'douta sabedoria') sobre a crise grega, Sardenberg(uma ratazana do esgoto 'global') reafirmou seu artigo e saiu-se com essa no Twitter (supomos que “Liila” deve ser “Lula”)
4º lugar – Os documentos internos do Itamaraty que o Globo transformou em 'secretos'
No dia 12 de junho, o Globo acusou , em manchete de primeira página, o Itamaraty de tentar burlar a lei para proteger Lula, por causa de um expediente interno(ainda não finalizado) sobre a reavaliação de documentos diplomáticos durante o mandato de Lula. O Itamaraty entregou os documentos à Época. Época e O Globo viram os documentos, que mostravam a atuação positiva de Lula em defesa de empresas brasileiras, e nada publicaram a respeito. Afinal, como provavam que o trabalho de Lula era positivo para o Brasil, o Globo e a Época devem ter achado 'conveniente' sonegar a notícia a seus leitores. Veja o que dizem os documentos: http://www.institutolula.org/telegramas-do-itamaraty-veja-o-que-lula-fazia-em-suas-viagens-pelo-mundo
3º lugar – O Globo paga mico internacional e inventa que Lula teria “confessado” saber do mensalão para Mujica
A partir de uma declaração dada a jornalistas em um livro sobre Pepe Mujica, no qual o ex-presidente uruguaio menciona uma conversa que teve com Lula sobre as pressões e dificuldades de se administrar um país do tamanho do Brasil, o Globo no dia 5 de maio inventou uma manchete maluca de que Lula teria “confessado” sobre o mensalão para Pepe Mujica.
A mentira foi desmentida horas depois, primeiro pelo próprio autor do livro para o portal G1, também do grupo O Globo, depois em Montevidéu, no lançamento do livro, pelo próprio Mujica, que ainda afirmou em entrevista publicada ao Estado de S. Paulo que Lula foi seu modelo de governante.
A manchete maluca do Globo só foi levada a sério pelo senador Ronaldo Caiado, que está tentando convocar o ex-presidente do país vizinho a depor no Senado com base no jornal carioca.
Depois do caso o jornalista americano residente no Brasil Alex Cuadros tuitou que “De agora em diante irei observar uma quarentena de cinco dias antes de tuitar qualquer história do Globo sobre Lula”.
2º Lugar – O voo secreto divulgado em release
Em 12 de abril de 2014, o Globo publicou matéria falando de um suposto “voo sigiloso” de Lula para Cuba, República Dominicana e Estados Unidos.
Deve ser a primeira viagem sigilosa divulgada por release na história. Ainda por cima acompanhada pela imprensa! Várias matérias dessa viagem foram publicadas publicada no site do Instituto Lula e na imprensa internacional.
A informação de que o voo seria sigiloso baseou-se em um documento interno da Líder Táxi Aéreo com o qual o Instituto Lula não tem relação alguma. O Instituto divulgou a viagem em release para toda a imprensa, inclusive O Globo. O vôo foi pago pela Odebrecht porque o ex-presidente fez uma palestra na República Dominicana. O jornal não acreditou.
Seguem dois jornais dominicanos de 2 de fevereiro de 2013 que provam a realização da palestra, que aconteceu no hotel El Embajador, no dia 1 de fevereiro, em Santo Domingo.
1º lugar – Novo mico internacional do Globo: Lula “lobista” em Portugal e a reunião “secreta” que O Globo noticiou. O segundo líder internacional em 2 meses a desmentir o jornal.
O ex-presidente Lula sempre defendeu as empresas brasileiras e uma presença maior de todas elas também no exterior.
No domingo, dia 19 de julho, o Globo, com uma nova leva de documentos do Itamaraty sobre Lula após a presidência, inventa duas mentiras em uma mesma matéria para dizer que o ex-presidente faria lobby.
A primeira dizia que Lula teria feito lobby para a Odebrecht em Portugal, ao comentar com o primeiro-ministro português o interesse da empresa brasileira no processo de privatização da Empresa Geral de Fomento (EGF). O embaixador Mario Vilalva também estava presente.
Lula foi a Portugal participar das comemorações dos 40 anos da Revolução dos Cravos, no dia 25 de abril de 2014. A viagem era pública. O encontro de Lula com o primeiro-ministro foi tão público que a foto usada pelo Globo para ilustrar a matéria, e creditada de forma incorreta, é do Instituto Lula.
O Instituto Lula confirmou a nota do embaixador que fala apenas de um comentário, mais nada. A posição do presidente de que as empresas brasileiras deveriam participar mais do processo de privatização em Portugal também era pública.
E o Instituto mostrou ao o Globo que o interesse da Odebrecht na privatização da EGF era tão público que inclusive já fora notícia desde outubro de 2013 em jornais portugueses(no 'link'):http://www.publico.pt/economia/noticia/odebrecht-interessada-na-privatizacao-da-egf-1608053.
A Odebrecht no final desistiu e não participou do leilão da empresa portuguesa.
E nessa segunda-feira(20), a matéria do Globo foi desmentida pelo primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, asseverando à à imprensa portuguesa que Lula não interceder por nenhuma empresa brasileira (no 'link' abaixo).
Outra mentira, da mesma matéria, é de que Lula teria pedido ao BNDES uma reunião com o embaixador do Zimbábue no dia 3 de maio de 2012. A tal reunião foi um imenso seminário público na sede do BNDES, com TODOS os embaixadores africanos convidados e inclusive cobertura do jornal O Globo.
Se o repórter do jornal tivesse pesquisado nos arquivos do diário encontraria a matéria “Lula aparece de bengala em evento na sede do BNDES no Rio”, do jornalista Cássio Bruno, exatamente dia 3 de maio de 2012. Era o primeiro evento público do ex-presidente após se recuperar de um câncer na laringe.
O jornal registrou algumas das respostas da assessoria em matéria separada do texto principal, a primeira a ser distribuída online, onde não inclui as respostas que desmontam a farsa do Globo.
Matéria do Globo em 2012 sobre evento que o jornal agora diz ter sido 'secreto':
Ciro: não vai ter Golpe ! Até porque
os golpistas são frouxos!
“Mas
Dilma precisa se reconciliar com quem a reelegeu...”
“O Levy não tem a
menor imaginação para compreender a realidade brasileira...”
Ninguém pedalou mais que o FHC e o TCU ... nada !
O ex-prefeito de Fortaleza, ex-governador do Ceará, e ex-ministro da Fazenda (responsável pela instalação do Plano Real, em sua fase mais critica, no Governo Itamar) e da Integração, no Governo Lula, Ciro Gomes, classificou de “intolerável” a tentativa de parte da oposição e de setores da sociedade de derrubar a Presidenta Dilma Rousseff, reeleita em 2014. Segundo Ciro, o Golpe não se consumará.
“O Golpe não acontecerá. Não vai ter e ponto final. Alguns de nós brasileiros estamos dispostos a levar (a resistência ao Golpe) às ultimas consequências. Basta isso para não ter golpe porque eles [os que pregam o golpe] são frouxos, não aguentam a pressão das ruas. O povo brasileiro vai para a rua para garantir a Democracia”, afirmou nesta segunda-feira (20), em entrevista a Paulo Henrique Amorim.
Ciro hoje é Presidente da Ferrovia Transnordestina, que, segundo ele, “bomba”!
“Neste caso [das pedaladas no TCU] é pitoresco se não fosse trágico, disse ele na entrevista.
“Julgam-se práticas do passado sem que se julguem as mesmas práticas de muitos e repetidos anos do passado. No governo de Fernando Henrique Cardoso foi o pior e nunca aconteceu qualquer notificação por parte do TCU. As contas brasileiras com Fernando Henrique tiveram a erosão mais grave de toda a história brasileira”.
Sobre o Governo Dilma, o ex-governador disse que é preciso que a Presidenta se reaproxime do povo.
“E isso significa tomar outro caminho na gestão da economia e da política”, concluiu Ciro, que criticou a escolha de Joaquim Levy para o ministério que ele já ocupou.
A seguir, um resumo da entrevista:
O Brasil de hoje
Há duas coisas gravíssimas acontecendo no país.
Uma é a escalada golpista que fundaria no Brasil uma Venezuela, sob o pior aspecto que essa comparação possa dar. Um país rachado.
O Brasil não tem as razões que há na Venezuela para que isso ocorra.
O outro é uma preocupação com os descaminhos graves do Governo da Presidenta Dilma Rousseff.
Lamentavelmente, a Presidenta se lançou em uma agenda prática que está desconstituindo a legitimidade do seu mandato.
A situação econômica e os insatisfeitos
Os protagonistas ( do Golpe) são de natureza plutocrata. Os endinheirados do setor financeiro não estão satisfeitos, mesmo tendo um interventor no Governo, no caso o [ministro da Fazenda] Joaquim Levy.
O Levy não tem a menor imaginação para compreender a realidade brasileira.
Aí, entra com aquele receituário estúpido, que, na verdade, é um contrassenso teórico.
Há os que não aceitam o resultado das urnas.
Contas da campanha de Dilma
Nos próximos dias, com grande calor midiático, iremos assistir a uma oitiva do delator [Ricardo Pessoa] da UTC que vai dizer no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que fez financiamentos à campanha da Presidenta Dilma porque foi chantageado pelo tesoureiro do PT.
Espero, como modesto brasileiro, que o TSE não dê vazão para isso.
Isso é intolerável.
Pedaladas fiscais
O segundo ambiente Golpista é no TCU (Tribunal de Contas da União).
Neste caso pitoresco, se não fosse trágico, julgam-se práticas do passado sem que se julguem as mesmas práticas de muitos e repetidos anos do passado,
O TCU poderia levar isso à última consequência, a Presidenta seria afastada e o vice assumiria.
Isso também é intolerável.
“A Dilma tem sorte”
Eu disse pra ela que, se ela conseguisse governar com esse ministério, eu queria trocar de anjo da guarda com ela.
Ela tem sorte porque esse Eduardo Cunha se desmoralizou muito rapidamente.
A população tem que entender que impeachment não é remédio para governo que a gente não gosta.
Impeachment é para governo que comete crime.
Pedaladas de FHC
É justo falar que houve pedalada [no governo Dilma], mas não é a primeira vez. No governo de Fernando Henrique Cardoso foi pior e nunca aconteceu qualquer notificação por parte do TCU.
Não havia Lei de Responsabilidade Fiscal no primeiro mandato dele (1995-1998). Ele a aceitou imposta pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) depois de quebrar o Brasil três vezes.
As contas brasileiras com Fernando Henrique tiveram a erosão mais grave de toda a história brasileira.
Eu era Ministro da Fazenda quando ele tomou posse e nomeou o Pedro Malan ministro. Os números eram os seguintes:
Carga tributária era 27% do PIB. Ele entregou ao Lula com 37% do PIB.
A dívida pública brasileira em 500 anos foi de 38% do PIB. Com oito anos de desgoverno de FHC, foi para 78% do PIB.
E ele desmobilizou US$ 100 bilhões das privatizações e o país desceu ao menor volume de investimento desde a Segunda Guerra Mundial.
Tudo isso feito na cara da freguesia e o TCU nunca fez o menor registro disso.
O que a Dilma fez de errado
Ela é uma pessoa séria, mas não entendeu bem o que fez com que ela ganhasse as eleições.
Ela pagou um preço da inexperiência política e da intrusão do Lula.
A Presidenta Dilma prometeu uma coisa e foi gastando a confiabilidade muito rapidamente: aumentar a gasolina, a energia.
O Golpe não acontecerá
O Golpe não acontecerá. Não vai ter e ponto final. Alguns de nós brasileiros estamos dispostos a levar às ultimas consequências.
Basta isso para não ter golpe porque eles [os que pregam o golpe] são frouxos, não aguentam a pressão das ruas.
O povo brasileiro vai para a rua para garantir a Democracia. É preciso que Dilma se reconcilie com o povo brasileiro, e isso significa tomar outro caminho na gestão da economia e da política.
Alisson Matos, editor do Conversa Afiada
Em tempo da amiga navegante Grace Diniz:
Deixa eu entender. O Lula, um brasileiro, ex-presidente, não ocupa cargo público algum, não pode defender os interesses de empresas brasileiras lá fora; o “Cerra”, brasileiro, Senador, ocupa cargo público, pode defender os interesses de empresas estrangeiras aqui dentro, ao apresentar um projeto no Congresso entregando nosso “pré-sal”; FHC, também brasileiro, pode denegrir a imagem do país lá fora. O errado é o Lula? Será que somos idiotas? Estão de brincadeira, né?
Em tempo2: do amigo navegante John.J.:
CRISE? QUANDO FOI QUE TIVEMOS UMA CRISE REAL?
Veja a comparação dos governos dos tucanos, de FHC e dos petistas, de DILMA.
………………………………………… 2002 – FHC…………. 2014 – DILMA
SALÁRIO MÍNIMO…………………… U$ 86………………….. U$ 309
DESEMPREGO……………………….. 11,2%…………………. 4,70%
DÍVIDA EXTERNA……………………. 167 BI…………………. ZERO
TAXA SELIC…………………………….. 25%……………,,…….. 11%
RISCO BRASIL……………………… 2035 PONTOS……… 178 PONTOS
INFLAÇÃO……………………………….. 12,53%…………,…… 6,17% (2015)
ELETRIFICAÇÃO RURAL……… 300.000 LIGAÇÕES,.. 2,5 MI LIGAÇÕES
PIB………………………………………….. 1,3 TRI………….,,…… 4,8 TRI
QUEM SABE LER E ENTENDE O QUE LÊ, QUANDO COMPARA NÃO TEM MAIS DÚVIDAS.
Suprema, sem trocadilho, ironia.
Agora, quando lhe arde o couro, é o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, quem parte a denunciar ao Supremo Tribunal Federal os abusos do juiz Sérgio Moro na Operação Lava-Jato.
Enquanto os “vazamentos” setelivos alcançavam o Governo e o PT, culminando na cabulosa capa de Veja usada como panfleto de boca-de-urna contra Dilma e Lula – “eles sabiam de tudo” – baseada em opiniões dos delatores, sem acusações fáticas, valia.
Agora, que o acusam com todos os efes, erres e cifrões de achacador, Cunha relembra-se do foro privilegiado, desde que seja para si mesmo.
É complexa a questão jurídica – e não seria se não houvesse sido instaurado um procedimento contra ele, Cunha – relativa ao poder de Moro em conduzir um inquérito onde o presidente da Câmara é, indiscutivelmente, parte, em juízo de primeira instância.
Só que a baderna jurídica que se implantou sob a cumplicidade geral tornou difícil ao Supremo dizer que não, que Moro não tem competência de foro para investigar – falcatruas onde estejam envolvidos detentores de foro privilegiado.
Mas Cunha não quer só isso.
Requereu a nulidade do processo em relação a si mesmo.
Anulado o instrumento processual onde ele é denunciado, as provas ali colhidas não podem mais ser validadas.
Nem mesmo os indícios podem sustentar uma ação penal na instância devida.
É um jogo temerário, como todos os que faz Cunha, porque aumenta a fome de produzir provas autônomas, vinculadas exclusivamente ao inquérito que corre no Supremo contra Cunha .
Cunha está atento a isso e procura se antecipar.
Não vai sair de Brasília durante o recesso parlamentar e arranjou uma agenda para toda a semana, destes típicos compromissos “de cobertura”.
Diz que vai participar, todos os dias(AQUI) de um projeto da Câmara em que estudantes universitários simulam participação nas atividades legislativas.
Mas também aí há uma amarga ironia no nome do projeto.
Politéia 2015.
O mesmo nome que, na semana passada, batizou as batidas nas casas dos senadores envolvidos nas “mordidas” a empresários, feitas através dos ocupantes de cargos na Petrobras que exigiram em nome da “governabilidade”.
Exigência que, aliás, Cunha fez em relação a Fábio Cleto, vice-presidente da Caixa e integrante do Comitê de Investimentos do Fundo de Investimentos do FGTS, ao qual “compete deliberar(AQUI) sobre propostas de investimento e acompanhar as diretrizes a serem seguidas pelo FI-FGTS, com relação a sua política de investimentos.”
Ou será que Cleto está rompido- “em nome pessoal”, claro – com o Governo Dilma?
Ai, que saudades do jornalismo…
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